Sabemos que na nossa cultura, sexo não é assunto proibido, estando presente na mídia e no meio social popular. Parece contraditório, mas mesmo assim ainda é tabu poder se abrir com alguém quando o assunto é esse. Quando o papo do happy hour é a vida sexual, falamos superficialmente, fazemos piadas num bar e damos risadas. Mas quando a conversa fica séria, a maioria esquiva e prefere manter suas dúvidas, medos e frustrações longe da roda.
E aí mora o maior inimigo da vida sexual: o silêncio. Como um dos resquícios do machismo, os homens parecem encontrar mais dificuldades em conversar com seus amigos sobre algo que não está indo bem, do que as mulheres com suas amigas. E, sofrendo sozinha, a pessoa tende a ficar mais constrangida, envergonhada e até apresentar uma ansiedade de desempenho nas próximas relações.
Episódios em que a ereção não está legal como gostaria, há dor na penetração, o orgasmo não rolou ou a ejaculação foi rápida demais, são exemplos que fazem parte da vida de qualquer pessoa que tenha uma vida sexual ativa.
No entanto, quando esses episódios são recorrentes, de longa duração (mais que seis meses) e trazem um sofrimento podem ser exemplos do que chamamos de disfunção sexual – quando a pessoa não participa da relação sexual com satisfação. Apesar de serem comuns, pode ser difícil conversar sobre elas.
Falar com um profissional treinado em um ambiente seguro e confidencial pode ajudar a identificar dificuldades e traçar estratégias de mudança para uma vida sexual satisfatória. A terapia sexual é indicada quando existe algum motivo que dificulte ou impossibilite uma vivência sexual saudável e prazerosa.
Pelo fato da sexualidade estar relacionada a muitos fatores, o processo terapêutico pode envolver vários profissionais como psicólogo, psiquiatra, urologista, ginecologista e fisioterapeuta.
Não há porque viver desconfortável com a sua sexualidade. Procurar uma ajuda profissional é reconhecer que você merece uma vida sexual prazerosa e começar a se abrir a ela.