[email protected]
Marjorie Carvalho

Atendimento online e em Florianópolis

Vaginismo: dor no sexo não é normal

Visualizações
3 min para leitura
Compartilhe!
Facebook
LinkedIn
Threads
WhatsApp

Em qualquer relação sexual, pode acontecer algum desconforto ou até dor em virtude de uma posição que – literalmente – não encaixou legal, não é mesmo? Aí é só reencontrar o ajuste perfeito e essa dor se dissolve e volta a dar espaço ao prazer.
Mas não é assim no caso do vaginismo.

A dor que acontece nessa disfunção sexual feminina independe da posição, é recorrente e persistente.

Mas, o que é vaginismo?

Consideramos o vaginismo uma disfunção sexual porque ele dificulta ou impossibilita uma vivência sexual saudável e prazerosa, muitas vezes tornando o sexo estressante para a mulher e para o casal.

O vaginismo está relacionado à contração involuntária (sem intenção) dos músculos ao redor do canal vaginal, quando é tentada ou prevista a penetração do pênis no momento da relação sexual – o que acaba impossibilitando essa penetração ou deixando-a muito dolorosa para a mulher.

A contração acontece principalmente na musculatura do assoalho pélvico, mas pode se estender para o abdômen, glúteos e parte interna das coxas.

Há diferentes graus de intensidade e também pode ser difícil ou quase impossível inserir um dedo, um absorvente interno ou realizar exames ginecológicos.

Em casos mais leves, a mulher pode não chegar a ter comprometimento de desejo, excitação ou orgasmo.

Mas depois de algumas experiências do sexo associado a um momento doloroso, naturalmente a mulher pode começar a ter medo de sentir dor. E o sexo começa a ser olhado com ansiedade e evitação.

Acaba, então, se formando um ciclo:

Ciclo do vaginismo: dor, medo, tensão, contração muscular e redução de oxigênio no músculoPor isso, uma consequência muito comum do vaginismo é a perda do desejo sexual.

O Vaginismo é considerado primário quando a mulher experiencia contrações involuntárias e dor desde o início da sua vida sexual e dificuldades para inserir um absorvente interno ou fazer exame ginecológicos. Por essa razão, muitas vezes o hímen permanece íntegro.

Dizemos que o vaginismo é secundário quando a mulher experimentava uma vida sexual ativa, mas a partir de algum momento na vida, as contrações involuntárias começaram, tornando a penetração muito difícil.

E tem tratamento?

A dor na hora da penetração (dispareunia) é um dos primeiros sinais que deve chamar a atenção na busca pelo tratamento porque é essa dor que indica que algo não está certo.

É muito triste ver quantas mulheres sofrem por anos até procurar ajuda. Algumas acham que é normal sentir dor ao realizar exames, outras permanecem virgens por muito tempo. Às vezes ainda ouvem “Mas é só relaxar”, “Ah, tenta tomar um vinho…” o que só aumenta toda a frustração e acarreta até problemas de autoestima.

Mas a boa notícia é que o vaginismo tem tratamento e temos visto muitos casos bem-sucedidos quando o tratamento é completo: combinando terapia sexual e fisioterapia pélvica.

Se você acha que pode estar tendo um caso de vaginismo, não há nenhum motivo para se sentir constrangida ou envergonhada. Saiba que não há porque continuar sofrendo sozinha quando uma ajuda profissional pode te ajudar! 😉

Costumo dizer que o maior inimigo da vida sexual é o silêncio. Conversar com um profissional treinado em um ambiente seguro e confidencial pode ajudar a identificar dificuldades e traçar estratégias de mudança para uma vida sexual satisfatória.

Procurar um tratamento é reconhecer que você merece uma vida sexual prazerosa. 🙂

Se tiver alguma dúvida sobre como a terapia sexual funciona, você pode entender melhor aqui.

Recomendados

Últimas Publicações

Pesquisar
Pesquisar